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Governo de São Paulo fecha o cerco contra os lixões no estado

Governo de São Paulo fecha o cerco contra os lixões no estado

Segundo a Abetre, há no Brasil cerca de 3,3 mil prefeituras que ainda utilizam locais inadequados para destinar os resíduos domésticos .

O governo do Estado de São Paulo está definitivamente empenhado em erradicar os lixões na região. A Secretaria de Meio Ambiente tem encampado uma verdadeira batalha contra esses locais de descarte irregular. Nos últimos oito meses, o órgão fechou nada menos do que 54 lixões a céu aberto em operação no território paulista.

O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), Carlos Fernandes, afirma que, embora os órgãos ambientais de São Paulo tenha demonstrado maior disposição em equacionar a situação dos lixões na região, os estados e municípios brasileiros ainda carecem de soluções efetivas para o problema. “Existem no Brasil cerca de 3,3 mil prefeituras que ainda utilizam lixões para destinar os resíduos domésticos, e o prazo de erradicação dado pela PNRS já venceu há dois anos”, comenta Fernandes.

Fernandes ressalta que o problema dos lixões é mais uma questão financeira do que exclusivamente ambiental. “Para acabar com os lixões, seriam necessários cerca de R$ 11 bilhões em investimentos, além de mais 15 bilhões para manter a operação dentro das normas. Junte a essa conta o fato de que 80% dos municípios brasileiros estão em situação fiscal crítica”, explica Fernandes.

“Desta forma, como qualquer serviço público, a gestão de resíduos domésticos deveria ser tarifada, ter receita vinculada e atuação privada e os municípios precisam criar mecanismos que garantam arrecadação para manter os serviços essenciais de coleta e destinação de resíduos. No Estado de São Paulo, por exemplo, aproximadamente 75% dos resíduos domiciliares já vão para aterros privados”, acrescenta.